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Foto do escritorMarcelo Augusto

Dólar dispara 8,25% em um mês e bate recorde de R$ 6,26 – entenda o que está por trás da alta!

Com uma economia dolarizada de forma indireta, a subida da moeda norte-americana impacta todos os custos dos brasileiros


Em mais um dia marcado pela profunda crise de confiança do mercado sobre a condução da política fiscal no Brasil, o dólar encerrou o dia em alta de 2,82%, a R$ 6,2672, renovando o recorde de fechamento pelo terceiro dia consecutivo — isso apesar de o Congresso ter aprovado, na noite de terça-feira, parte das medidas do pacote de corte de gastos do governo


Pesou ainda a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que reduziu sua taxa básica de juros mas sinalizou menos cortes à frente. Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 6,2707.


No ano, a alta é de 29,15%. Ontem, o real foi a moeda que mais se desvalorizou em relação ao dólar, dentro de uma cesta de 31 moedas.

dolar

Como chegamos até aqui?


Primeiro foi um colapso da moeda. Agora, o restante dos mercados financeiros do Brasil está na mira, à medida que os investidores perdem a confiança na capacidade do governo de conter uma crise fiscal cada vez mais profunda, resumiu ontem a agência Bloomberg.

A venda que fez o dólar escalar para um recorde está engolindo tudo, desde ações a dívida em moeda local e títulos em dólar, com operadores acumulando hedges (operações de proteção ao risco) contra um calote soberano.


Observadores do mercado ouvidos pela Bloomberg dizem que as intervenções do Banco Central com leilão de venda de dólar são pouco mais que uma solução temporária, e alertam que os movimentos dos parlamentares para diluir um pacote de austeridade de destaque provavelmente só aumentarão a turbulência.


— Os investidores claramente jogaram a toalha — disse Olga Yangol, chefe de pesquisa e estratégia de mercados emergentes do Credit Agricole, ressaltando que a desconfiança cresce mesmo com os sinais positivos de crescimento da economia e das ações do Banco Central para conter o dólar.

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